quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

short de vaquinha

Varanda. Um cigarro. Começo a pensar no ano que está terminando. O que conquistei, o que espero pro ano que vai entrar. Surgem inúmeras lembranças, referências simples que começam a desencadear outras tantas cenas simples, e mais e mais, e mais e mais, e eis que surge uma lembrança muito simples, que sabe-se lá porque existiu: um short de pijama. Sim, um short de pijama, de vaquinha, malhado como tal. Risos... e uma situação que passei com ele me vem. Situação engraçada... e claro, daquelas coisas que só acontecem uma vez. E não. Logo me vem uma segunda lembrança, engraçada também, com o mesmo short de vaquinha. Mas como? Era pra ser única. Afinal, é o tipo de loucura que se faz somente uma vez, tamanho é o absurdo daquilo. Mas não. Aconteceu duas vezes. Situações diferentes, dias diferentes, mas aquele short de vaquinha está presente e, mais uma vez, engraçado por estar ele presente em outra situação. Então eu sugiro: é, não adianta, por mais inesperado que aquilo possa ser, tudo se repete. Coisas que fizemos e que juramos nunca mais fazer, se repetem. E isso acontece porque Deus, de certa forma, afirma que somos humanos, frágeis, vulneráveis. E logo vem outras milhões de respostas, de ensinamentos que de certa forma precisamos criar nas nossas cabeças para termos uma verdade a seguir. E várias dessas surgiram pra mim, tão rápido que nem me lembro de todas. Mas cheguei a uma. Na verdade, escolhi uma, dentre tantas, para tomar como minha. A minha verdade. E que pode ser que nem seja, mas eu escolhi. Foi a que mais me fez escutar umas batidas no peito. Batidas que soaram como música. Música que me acompanha, que não sai mais de mim. E é nessa música que vou acreditar. E o próximo ano vai entrar, e é essa música que eu vou escutar. E pode ser que essa música venha a mudar. O mundo gira, a vida acontece e andamos nela. E outros momentos hão de se repetir. Espero que esse encontro se repita.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Inspirada, feliz... realizada! Coração pulsando vida. Respiro, transpiro prazer! Meu corpo fala por si só, minha mente se expande. Pensar mais em mim, no que sou; em mim. Meu desenvolvimento foi no conhecimento de mim mesma. Aprender a cuidar mais de mim, a reconhecer quem é essa futura atriz, antes de sê-la. Um pouco louca talvez, meio maluquinha, porém uma pessoa que pensa, que cria, e principalmente, que sente. Sentimentos foram despertados, nem sabia que tais existiam. Antes de me tornar uma atriz preciso me reconhecer. E só a arte pra fazer isso. A felicidade que reconheço é a arte que respiro, que hoje entendo e respeito e que agora tão generosamente está me concedendo possuí-la, manifestá-la. E essa plenitude me toma... é mais forte e poderosa que problemas que existem, e sempre existirão. Esses, vos digo, se tornam pó, vento, perto de tanto beleza. É algo inexplicável essa sensação, esse lugar, só sei que esse lugar é iluminado. Por mais palavras vastas e lindas que existam...

Desejo
Ação
Ternura
Alucinação
Tesão
Êxtase
Paixão
Energia
Solidão
Sabedoria
Encanto
Beleza
Inquietação

A arte me move, me leva onde ela quiser. Ela é meu corpo, meu espírito, minha luz e isso me basta.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A pessoa certa

E quem disse que se ama a pessoa certa? A pessoa certa não pode ter um sorriso tão transparente, olhos tão azuis que te confundem, não pode viver só de risadas... não pode não ter a menor noção do futuro, porque simplesmente não gosta de planejar. Ela não pode ser boba até dizer chega, ficar dançando na frente da câmera feito um mongol, não. Ela não pode falar tudo de maneira confusa e enrolada, de forma que nem ela mesma se compreenda. Ela não pode adorar acordar super cedo, gostar tanto de praia assim a ponto de trazer a areia pra sua cama. Ela não pode ser ridícula a ponto de fazer gracinha com sua forma de falar inglês... com seu jeito de ser. Ela não pode ser tão despretensiosa, tão irresponsável, tão criança... tão desplanejada. Ela com certeza não pode te deixar no Brasil e viver na Austrália.... e pior, ter nascido lá! Ela não pode falar só inglês... nem não saber falar uma só palavra em português. Ela não pode estar sempre com seu cabelo loiro despenteado e grandão... ela não pode andar sempre com o pé descalço e por isso sempre preto... ela não pode só usar roupas de segunda mão, e até furadas. Ela não pode não querer um trabalho padrão, não querer ser uma pessoa cheia da grana... ela não pode querer apenas conciliar trabalho com conhecer o mundo. Que louca esse pessoa! Pois é... mas é exatamente esse ai que me completa e que me faz muito feliz. Por tudo isso e por outras tantas qualidades que se mostraram tão sem querer... como saber fazer massagem, cozinhar e cortar o cabelo (!), além das qualidades que eu realmente preciso: coração maior do mundo, me faz rir até passar mal e é reciproco ao meu amor. E quem disse que a pessoa certa é a que nos faz feliz?

Tristeza minha, bem vinda.

Angústia, aperto no coração, dor, tristeza, desespero posso dizer... nunca vivi tanto sentimentos ruins. Nem sabia que eles existiam, e agora eles estão todos juntos, de uma vez, dentro de mim. Bom, acho que já tava na hora de me tornar humana; de me permitir sentir. E estou me permitindo. É isso... estou me permitindo sofrer. Estou literalmente curtindo minha fossa. E a tristeza ainda veio junto com a solidão, o que torna tudo ainda mais doloroso. As vezes fico ainda querendo lutar contra... acho que posso estar perdendo tempo por aceitar a solidão... o não querer fazer nada... de querer que o meu melhor conselheiro sejá a minha cama... seria tudo isso loucura? O meu lado cidadão me questionando. Mas daí, nessa procura por quem realmente eu sou, em meio a tudo o que acho que sou, a tudo o que acham que sou, e principalmente a tudo que quero ser e com quem quero ser... percebo que também sou essa cidadã, com toda essa história. E que não posso negar isso. E por isso não me nego o direito de sofrer. Não digo que estou gostando disso, não sou hipócrita... apenas estou entendendo o seu valor. Me encontro na sabedoria de estar, simplesmente, permitindo deixar as coisas acontecerem... aceitando que não tenho o controle de tudo. E como é bom não tê-lo. E isso me faz enxergar com melhores olhos minha história e entender que tudo isso faz parte do que sou. Sou eu. E euzinha sou sim capaz, e que não está na vitória o mérito disso, e sim no que pego pra mim no infinito que percorro. E já percebo o quanto que estou amadurecendo com isso... os frutos já aparecem, sem nem a gente entender como e porquê. Percebo que quanto mais paciente eu me torno diante da tristeza, da solidão, mais rápido o novo me invade e como que me torno tão merecedora dele. E o novo, também desconhecido, acredito que de certa forma também se mobilizará para uma coisa positiva pra mim. Mas hoje entendo que é exatamente essa inquietude que me provoca essa transformação, essa evolução. É o desconforto que provoca o crescimento. Como eu nunca tinha entendido a simples frase: pra se fazer uma omelete, é preciso quebrar os ovos.... acho que nunca a coompreendi tanto.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

E já tem muito tempo... e um paraíso escondido foi construido na Terra. Olha como são as coisas: já existiu um povo sábio que, mesmo sem saber, construiu esse solo para um dia estarmos aqui sendo abençoados. Cada pedacinho milimétricamente pensado, tudo isso forma um grande labirinto com ligação espiritual. Presença forte dela aqui. Trançando seu cabelo... tão suave... foi assim que ela se manifestou, como num sonho! É claro... como eu não pensei. É claro que ela estaria aqui, me recebendo junto a mais um solo sagrado. Mais um paraíso que ela encontrou... e me trouxe. E é assim que ela vive... percorrendo terras abençoadas, espiritualizadas. E o vento, levantando a poeira, redesenha essa grande pintura centenária. Cada ruína, pedra sobreposta, tudo tão pensado, planejado. Montanhas que se unem aos algodões de um céu azul e ensolarado e ao mar de pedras, formam uma figura cheia de arte, quase santa. E lá fui eu... trazida aqui. As vezes me vejo viajando... tão longe que parece que estou fora de mim. Só minha alma está presente nesse lugar. É... realmente Deus me deu um presente... me trouxe pra cá.

Machu Picchu - 03/08/11 - 100 anos de descobrimento

domingo, 18 de setembro de 2011

Sua e meu.

E quando a gente finalmente encontra? Porque parece que passamos uma vida procurando aquele que não está em nós, aquele que nem sabemos se existe e como deve ser, só sabemos que precisamos de alguém, que não nos bastamos sós. E ai chega um dia, sem nem se apresentar, e aqueles olhos azuis chegam e te olham tão fundo, que conseguem tocar sua alma, e você consegue ler um monte de coisas neles, de tão puros e transparentes. E com esses olhos, vem um sorriso... um sorriso de menino, que se entrega, que se mostra sem intenção de se mostrar. Um sorriso que simplesmente ele não consegue guardar só pra ele e que enobrece o espírito de quem o vê. E quando você acha que só isso já é demais, já basta, dai esses olhos e esse sorriso mostram que seu maior prazer é fazer os outros felizes. E o pior: ele nem se dá conta que tem esse poder. Ele simplesmente faz; é. Seu coração é tão grande e limpo, que toca todos aqueles que precisam de um afeto, e que passam por seus olhos. E o impressionante é que com alguns gestos que dispensam palavras, afinal ele nem sabe falar sua língua, ele consegue transformar um pouco a vida de muita gente. Não é a toa que ele é livre, e precisa passear pelo mundo. Sempre com seu jeito alegre e muitas vezes até bruto, já que não poupa emoção. Sabe quando você acha que aquele não existe? Aliás, como você nunca pensou sobre sua existência, porque nunca viu coisa parecida? E de repente vem ele, e mostra que está ali, e não só se mostra como insiste... atravessa quilômetros só pra te mostrar isso: que ele existe e que não quer outra coisa a não ser ficar com você. Pois é, ele existe e me achou, me conquistou. E é de longe muito melhor do que tudo que já sonhei. E é com ele que vou ficar, porque agora que me encontrou, eu não vou deixa-lo escapar.

domingo, 3 de julho de 2011

Eu tenho raiva de você por você realmente não ter aprendido nada na vida. Por você ter se tornado essa pessoa que eu agora consigo ver. O tempo passa, a vida nos ensina, nos tira, quase que grita nos nossos ouvidos e você prefere fingir que nada existe, e vive pra fazer nada. Afinal, pra que ser alguém decente, que vive pra fazer o bem, coisas corretas, pra trabalhar de vez em quando, estudar, que vive pra fazer sua família feliz... se você pode ser simplesmente uma pessoa fútil, inconsequente, irresponsável, ou seja, praticamente um ser irracional, um verdadeiro merda? O problema é que, normalmente, pessoas como você não pensam. Não pensam no passado, no que seus pais lhe ensinaram, não pensam no presente, como podem fazer pessoas que gostam de você sofrerem, e principalmente no futuro, como isso pode acabar com sua vida. Será que você não pensa nela, que está com certeza te vendo e entristecendo com isso? Será que você não pensa nele, que cada vez mais se preocupa por não ter mais controle das coisas? Não pensa em tudo que aprendemos com nosso querido velhinho, que você deveria guardar no peito? Claro que não... que pergunta. O negócio é que não podemos nos negar a enxergar que vivemos em sociedade, não vivemos sós e por isso temos responsabilidades sim, precisamos pensar nos outros. Pelo menos deveríamos pensar nos mais próximos, pelo menos isso. Tudo bem você querer ser esse moleque mimado, infantil, querer se destruir, usando drogas, bebendo todas, gargalhando com seus amigos imbecís... mas faça isso longe de mim. Longe da minha casa. Longe da minha família. E por favor, até esse dia chegar, não fale mais comigo. Não mais. Porque, mais do que tudo isso, você ainda está fazendo com que ele me compare a você. Com que ele me ponha no mesmo patamar que você. Mas eu não. Eu não sou como você. Eu sou um ser que pensa.

sábado, 2 de julho de 2011


Foi um momento lindo, com certeza marcante na minha vida. Uva, suco de uva... tudo isso inicia e abençoa apenas um começo, uma preparação para o mais saboroso e perfeito vinho, com a benção de Dionísio.Tive uma descoberta: diz-se que para os gregos, o ator é um sacerdote, que faz a ligação entre os Deuses e a Terra. Através do ator, os Deuses se comunicam com os demais mortais, transmitindo seus ensinamentos. Na mesma hora entendi o porquê estou nesse caminho. Tudo se encaixou. Sempre quis que a minha vida tivesse algum sentido maior do que apenas sobreviver e enriquecer. Sempre achei que o antigo mundo em que vivia não era pra mim, faltava essa relação espiritual, essa relação com o fazer o bem. Agora me encontrei. Quero trabalhar transmitindo essa luz, essa emoção para as pessoas. Quero ser instrumento para comunicar a arte, a cultura, e provocar os melhores e piores sentimentos nas pessoas, gerando aprendizado e reflexão, enobrecendo suas almas. Existe coisa mais bonita que isso?? E agora fui escolhida por um dos grandes. Fui apadrinhada por Büchner, um dramaturgo alemão que de uma forma ou de outra, sem eu ao menos saber quem ele é, ele me escolheu, já sabe o que sou e o que vou ser. E em meio a esse ritual, eu reforço a minha descoberta. Descoberta do caminho da felicidade. É apenas o começo da minha evolução espiritual, da formação de um ser de sabedoria.

domingo, 26 de junho de 2011

Meninas: elas voltaram

Ainda bem que eu guardei as escovas de dente. Elas voltaram! Voltaram pra minha casa, pra minha vida, pro meu coração. Ok, eu me enganei. Como pude eu ter achado que uma amizade tão forte, tão verdadeira, iria acabar assim, cada uma para um lado? Aliás, amigas não, sorelle. Irmãs de alma, minhas companheiras, conselheiras, que me aturam. Amo muitas risadas, escândalos, conversas cabeça, lágrimas, coração batendo forte, abraços, esporro, fofocas na cama, mais risadas... retrato de um amor muito maior do que por um carinha qualquer. Amor, esse sim eterno, como uma tatuagem. Amor por escolha, por afinidade de espírito. Amor que não se pede. Amor esse que não tem medida, dimensão, eu poderia chamá-lo de sobrenatural. Como pode não é? Hoje elas são a minha família. Meninas que conheci tem alguns bons anos, elas são minha família, meu porto seguro. São elas que estão do meu lado nos momentos felizes e tristes, que me dão a mão. Aquele tal amor que não tem explicação. Que me completa... me faz tão bem! Sorte a minha tê-las sempre perto de mim.

domingo, 19 de junho de 2011

Quieta no meu canto

Será que é pedir muito querer levar uma vida em paz? Quando me refiro a uma vida em paz, estou falando sobre uma vida simples, sem precisar me preocupar com o que o outro está pensando de mim, o que ele quer dizer pra mim e não disse, e porque mentiu se na verdade pensa diferente do que disse... ou até mesmo sem ter que entender porque as pessoas ao meu redor vivem um jogo, agem de certa forma só pra atingir ou provocar uns aos outros, virando uma cadeia alimentar, onde cada um quer mesmo alimentar seu ego, sem pensar no que está provocando no outro, no caso em mim. E o pior: além de estar num ciclo vicioso que não queria, ainda acabo levando patada a torto e a direito sem nem saber ao certo porque, carregando a responsabilidade por situações que nem sei ao certo quais são, afinal, nesse jogo, as cartas não estão na mesa, vale lembrar. Eu não pedi pra participar. Eu estava lá, quieta, no meu canto. E agora estou mais envolvida no circuito do que gostaria. E o pior é ser capaz de perceber toda essa trama na qual sem saber como ou porque eu estou envolvida, e perceber que não sei jogar. Não sei nem quero saber jogar. E percebendo isso acabo desanimando, me chateando, afinal posso parecer, mas não sou idiota. Me faço sim muitas vezes pra evitar transtorno desnecessário, situações constrangedoras ou então ser obrigada a entrar no jogo, e isso eu não vou. Acabo por fim me anulando, saindo da sala, e quando faço isso, vejo de fora como tudo isso cheira muito mal. E penso: porque isso? Porque será que as pessoas não deixam eu viver apenas em paz? Não exijo nada de ninguém, mas me sinto lesada quando percebo que, sem querer, deixei que roubassem a paz de mim. E é só isso que dói. O egoísmo, mesmo que inconsciente, das pessoas. Dói bastante. E agora que percebo tudo isso, vou sim, sair dessa cadeia que me prende. Uma pena, mas não resta outra alternativa. E eu só estava ali, quieta, na minha.

domingo, 12 de junho de 2011

Sofrer poético

Sofrer por amor... quer saber? Eu acho lindo... poético. Os melhores textos, as melhores composições, vêm de pessoas que já sofreram por amor. E essas, com certeza, são as pessoas mais interessantes, em todos os aspéctos. Faz parte da vida... amar, ser amado ou não, deixar de amar, o importante é sempre, sempre amar e estar disposto a encarar esse sentimento tão maravilhoso, tão complicado, mas exatamente por isso toda sua graça. Quero estar sempre amando, sem medo de sofrer, afinal, como bem já disseram, os erros por amor já nascem com perdão. Só não quero, de jeito nenhum, me tornar uma pessoa fechada, fria, não quero calar meu coração. Isso não. Eu quero estar sempre amando, muito e com toda a minha intensidade tão minha. E porque não sofrer por ele também... porque não? É poético, enriquece corpo e espírito, enobrece. Mas depois de sofrer, amar novamente. E ainda mais. Sininhos tocando, borboletas na barriga. Amo a sensação de amar. E amar é muito bom. Ninguém merece passar pela vida sem amor.

Outro pensamento

Agora o pensamento é outro, bem diferente. Chega de ficar reclamando, lamentando... sofrendo e só. Agora vou agir. Fico me questionando sobre as coisas que quero pra mim e não tenho, sobre os meus sonhos, minhas vontades... mas esqueço que elas não vão cair do céu. E isso não quer dizer que vai ser fácil... afinal, administrar meu tempo, meu solitário tempo, que de tão solitário se torna até atemporal, não é uma tarefa fácil. Mas reconhecendo essa solidão, percebo que na verdade, só depende de mim mesma. Não adianta ficar colocando desculpas em terceiros porque sabemos que, de fato, só depende da gente. Temos que fazer escolhas sim, mas não colocá-las na gaveta. Devemos seguir em frente nela, ter força e seguir em frente. Aliás, tinha esquecido da minha fonte de força... acabei deixando-a de lado. Deve ser por isso que me sinto tão cada vez mais sozinha. Como me sinto estúpida... ficar perdendo tempo me preocupando com coisas fúteis, sem importância, enquanto a minha vida vai passando... e eu vou sendo carregada por ela. Eu quero fazer a minha história, eu quero ser responsável pelo meu destino. Não quero passar pela vida, envelhecer, e me dar conta de que no fim, não houve nem começo. O primeiro passo é sempre o mais complicado, e ele será dado a partir de amanhã, afinal, é outro dia.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Que estranho... ler uma conversa antiga, e relembrar como tudo aquilo um dia foi bom, intenso, especial. Hoje é difícil de acreditar que um dia tudo aquilo existiu, mas prefiro acreditar que era verdade. Seria muito cruél se não fosse. Doce lembrança. Pena que tudo o que é bom acaba. E recomeçamos tudo de novo... afinal, que graça teria a vida se não fosse o começo e o fim, para um recomeço? Melancolia? Não... magia da vida.

domingo, 8 de maio de 2011

Engraçado mais essa coisa da vida...passamos uma vida inteira convivendo com a nossa mãe, e só percebemos realmente a falta que ela faz quando a gente a perde. Escutamos sempre os conselhos, as broncas, as conversas, as lições de moral, e sempre acha que é um monte de chatice, encheção de saco, e nunca enxerga como sãos as palavras mais sábias do mundo. Daquela que só quer o seu bem mais do que seu próprio bem. Mas porque será que tem que ser assim? Será que realmente precisamos perder pra aprender a dar valor? Porque será que banalizamos tanto a presença dessa mulher, que é o bem mais precioso que podemos ter direito... sem ter que pagar ou pedir? Essa profissão que existe desde que o mundo é mundo, e que não precisa de remuneração. Esse amor que é maior que o amor que possa existir entre homem e mulher. E ainda, mesmo com todo nosso esforço em destratá-las, pedindo para elas não se meterem na nossa vida, mesmo assim elas não nos deixam de amar e nos querer bem. Esse tal elo inexplicável que temos, mãe e filho, mas que parece que nós, filhos, nunca entendemos. Vou te dizer: se tivesse minha mãe aqui de volta pra mim, faria muita coisa diferente do que fiz. Tenho certeza que ela também. Por isso, você que ainda pode mudar as coisas... não permita chegar ao ponto de se lamentar pelo que não fez.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Como pode?

Como pude amar assim.... amei com toda força do meu ser... amei, amei... tudo que eu pude eu amei... e mesmo assim, não pude. Como pode? Amar e não ser amada, amar, e não ser amada intensamente. Para mim, o amor é ser... mas para ele, o amor é algo aquém... além... algo que talvez ele não possa sentir. Triste. Triste para ele, que sentiu o bom do amor, mas não soube desfrutar dele. Eu sei o quão bom é amar... ele não sabe. Não se permitiu saber. Uma pena. Só me resta sentir pena. Ele.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quando se torna banal

Me impressiona quando coisas absurdas, coisas que já foram muitas vezes vistas como surreais, todas essas coisas acabam se tornando banais. Isso tudo, comum, não só me impressiona, me assusta. Porque essas coisas, por mais comuns que sejam, não são normais. E é assustador como até normais elas estão se tornando. Sabe quando você sente que está no lugar errado? Que não é possível que tudo aquilo está acontecendo e que só os seus olhos enxergam como bizarro? Definitivamente esse não é o meu lugar. Não quero pra mim a vivência da insanidade não saudável. Desejo mais pra mim. Sou um ser pensante, e não quero deixar de existir. Até que ponto vale a pena seguir por esse caminho? Até que ponto vale se deixar transformar numa besta completa? O ser humano está perdendo as referências, e está crescendo e se desenvolvendo sob outras premissas, outros valores. Valores estranhos pra mim. Peixe fora d'água eu sou. E vos digo: graças a Deus.

E quando dói??

Será que o amor acaba? Ou será que ele nunca foi amor? Não sei, só sei que dói... dói muito. Não sei se é amor, só sei que Ele ainda está presente no meu coração. Mas agora não é aquela sensação gostosa que eu sinto... as tais borboletas na barriga não existem mais... não sei, voaram pra longe. Deram espaço a um vazio ruim, uma coisa chata de sentir. Estranho essas coisas da vida. A um tempo atrás queria ficar sozinha, sem gostar de ninguém, só de mim mesma. Realmente acreditei que precisava disso pra mim. Achava que pra me dedicar mais a mim mesma, eu precisava estar com o coração só. Hoje eu percebo que a vida sem amor não tem mais graça... e quero amar sempre. Gosto de ser intensa, da expectativa, do estar sempre no limite, na agonia que nos faz gritar de felicidade, de ter sempre uma novidade que me impulsiona a contar. E sinto falta disso tudo agora. Se foi amor eu não sei. Só sei que mesmo que finito, quero ser uma mulher sempre apaixonada.

domingo, 27 de março de 2011

Poesia, já dizia

E lá estão Ele e Ela
Mãos dadas...... minto, mãos dadas não existem mais. Minto porque tudo que Ela queria é que as mãos ainda existissem dadas. Ele e Ela estão cada vez mais distantes, uma distância tão "abísmica", se me permitem inventar essa palavra. Penso, como pode toda aquele encanto d'Ele e d'Ela ter acabado assim?! Como eles deixaram aquilo tudo, tudo aquilo de mais lindo morrer? Vazio. É tudo o que restou. O coração ainda pulsa n'Ela... as lágrimas correm por dentro d'Ela. O sentimento de sei lá o que ainda existe nele. Mas o que se vê é que ele não sabe o que, não sabe ser, não sabe ter, não sabe quem é. Acho que Ele não merece Ela. Não... não é questão de merecimento. Acho que simplesmente Ele não gosta tanto d'Ela, só isso. E, por mais que doa, Ela agora consegue perceber isso. Mas, será que Ele já gostou um dia? E se gostou, o que aconteceu? Ela, forte e decidida, calejada pela vida, se vê surpresa por não estar preparada pra isso. Por mais que já tenha suas marcas, leva uma rasteira. Tem a firmeza de uma guerreira, mas não um coração de pedra. Ela é também emoção, não só razão, por incrível que pareça. E sofre. Sofre por amar e não ser amada. Ele também sofre, acho eu, por não saber, e agindo sem saber, acaba querendo estar com Ela, só não sabe porque. E isso só faz com que Ela, por um momento esperançosa, só se decepcione. Não sabe se foi tudo ilusão, se foi real ou só fruto da sua imaginação. Que complicada a história d'Ele e d'Ela! Não consigo perceber se há paixão ou só perda de tempo, ilusão. Acredito que finalmente, pra Ela, essa história chegou ao fim. Com um ponto final doloroso, porém necessário. Afinal, Ela tem que continuar vivendo sua vida, se pegar nas coisas boas e mágicas, que, sabe se lá porque ou de quem, surgem na vida d'Ela justo agora. Quem sabe Ela não mereça mais sofrer tanto assim. Quem sabe essa dor se tranforme em fazer, acontecer, enfim renascer. O que vai acontecer eu não sei, só sei que torço muito pra Ela conseguir ser feliz.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Como posso dizer... as palavras agora me faltam.... então... voltei a vida! É isso... voltei a viver! Inexplicável essa sensação... de felicidade, de alegria plena, completa... vontade de gritar para o mundo! Grita! Pular! Nossa... a muito tempo não me sentia assim... bom, se já me senti algum dia assim, não lembrava o quanto era bom. A felicidade se torna uma coisa tão simples nesse momento. Eu lhe digo: escolhemos sofrer ou sermos felizes. Pior é que escolhemos. E eu estou escolhendo ser feliz. Quero ser feliz. Essa tal de felicidade, tão livre e fugaz... sei disso... mas agora que sinto o gosto puro e doce dela, ah.... mas vai ser difícil deixar ela fugir de mim!
Acho que renasci. Me sinto como se estivesse aprendendo tudo de novo. Uma nova forma de viver a vida... estou aprendendo a respirar, a andar... conhecer o meu corpo, as minhas possibilidade... a falar e me expressar... consigo perceber minhas capacidades! E não quero mais parar! Quero aprender tudo de novo, pra agora eu aprender direito... aprender e assim me tornar uma pessoa mais autêntica comigo mesma. Somos felizes quando finalmente descobrimos e seguimos o que realmente nos faz bem.

quinta-feira, 17 de março de 2011

E como a vida é uma coisa engraçada: é possível estar passando por uma fase muito ruim na vida e ao mesmo tempo estar sentindo uma felicidade, uma realização que não cabe de tão grande? Acho que é isso que dizem mesmo... Deus sempre dá alguma coisa boa quando você está no buraco. Isso ajuda a querer continuar sempre. Bom, o que posso dizer é que o meu coração está doendo, está no CTI... se recuperando, até melhor do que imaginava. Ainda machuca bastante, não posso negar, mas vai passar. Sempre passa. E me pegando nessa dor, estou finalmente conseguindo correr atrás do meu sonho. Finalmente a inércia deixou de existir, e o medo se tornou ação progressiva. Finalmente! Mas, como nada é fácil, pelo menos pra mim nunca foi, de mãos dadas com a dádiva que é a volta da arte do teatro na minha vida, está a dificuldade de conseguir seguir e chegar até o final. E bota dificuldade nisso! Tantas barreiras que prefiro nem pensar nelas no momento pra não desistir. E vou te falar: agora que estou de volta ao palco, vai ser difícil me tirar daqui. E quanto mais a arte me alimenta, mais forte me torno, e maior é a minha vontade de persistir. E que Deus me ajude. Afinal, sei que não chegarei a lugar nenhum sozinha. E agora só me resta seguir em frente. E não é que essa tal dor, agora se transforma em combustível para lutar. E agora realmente percebo: tudo faz parte do crescimento.

Meninas

Em pensar que a algumas semanas, essa casa estava cheia de gargalhadas... maquiagens e muita fofoca. E hoje eu me deparei... sem querer, com duas escovas de dente jogadas e esquecidas no meu banheiro. Foi isso que restou. E hoje eu olho pra isso, e vejo que fiquei novamente sozinha. O que aconteceu é que as meninas seguiram suas vidas, só isso. E não as julgo por isso... foi apenas uma constatação. Mas é que por um momento bateu um aperto... uma saudade no coração. Saudade de casa cheia, comidinha gostosa, de conversas e palhaçadas sem fim... de arrumação pra sair! Não pelo agito em si, mas pela boa companhia... lembro de tudo isso com a melancolia de quem goza da lembrança dos momentos. E que momentos especiais! Fico feliz pelas meninas terem voado... seguido seus caminhos. Sei que elas sempre estarão por perto. E agora vou ver se trato de voar também.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

É isso: a felicidade é efêmera, volúvel... fugaz. Fazer o quê? Só me resta continuar matando um leão por dia, sempre a procura dela....

domingo, 9 de janeiro de 2011

Fui instigada, provocada... irritada! Num primeiro momento me estressei, xinguei, me revoltei... um monte de sentimentos ruins ficaram presos dentro de mim, afinal não poderia demonstrar tal reação em sua frente. Um minuto só. Um minuto pra respirar e refletir. E enfim percebi que estava sendo testada, e que realmente precisava ser dispertada novamente para aquilo que sempre fui. Sempre corri atrás de tudo o que quis, e agora porque me encontrara nessa inércia? Ele tem razão. Mesmo que não da melhor forma, me fez acordar; devo parar de reclamar, me sentir fraca e com medo da vida, e, sim, lutar por aquilo que quero sem medo. Sou mulher desse chão, não posso deixar que meus sonhos adormeçam aqui dentro do meu peito por medo e fraqueza... a, isso não! De cabeça erguida e detentora de uma força além, aquém. Me sinto bem mais forte agora. Volto então ao seu encontro mais calma, mais sábia e gostando ainda mais daquele que, mesmo sem saber, me provocou transformação, evolução.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Sim, tenho medo

Ultimamente tenho sentido coisas, coisas que nunca havia sentido. Medo é uma coisa que não me lembro de ter tido antes... engraçado sentir essa coisa de sentimento. Sinto medo de ter medo. Sinto medo da solidão que me faz companhia, da desmotivação com tudo que me cerca, do não saber o que quero, sinto medo de não reconhecer mais meus amigos. Sinto medo de amar e até de ser amada... tenho medo da infelicidade. Medo da loucura, da não palavra, de sentir dor... de ficar doente e estar sozinha... de barata, de grosseria, de fotos na sala, de blusa decotada, de não ser desejada... de sempre estar alegre, porém infeliz, de não ter um amigo de verdade. Tenho medo de não conseguir mais ler nem escrever.
Estranho não é? Um dia você acorda e começa a sentir um monte de coisa...
Fico pensando como isso tudo começou. Acho que já fiz tanta gente sentir medo de mim, que agora tanta gente me faz sentir medo. Estou insegura com tudo, com o acordar e trabalhar... com o que vou fazer quando sair do trabalho... com o não ter o que fazer. Com esse excesso de tempo pra pensar na vida, sabe. Pensar muito e fazer pouco pra mudar. E pensando muito, começo a sentir medo de não saber o que fazer. E pensando a gente acaba achando, ou se perdendo de vez.  Afinal, o que quero ser quando crescer? Ou será que cresci e acabei não me transformando em nada. Acho que o que tenho mais medo é disso. Ver o tempo passar e perceber no fim que nada fiz. As vezes tenho até vontade de ter filho... quem sabe isso já é uma marca minha no mundo. Pensando bem... já tenho um. Já tá muito bom. Acho que isso tudo me ajuda a pensar que devo pensar menos... e fazer mais. Agora estou com vontade de fazer muita coisa... tudo de uma vez só!