quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

short de vaquinha

Varanda. Um cigarro. Começo a pensar no ano que está terminando. O que conquistei, o que espero pro ano que vai entrar. Surgem inúmeras lembranças, referências simples que começam a desencadear outras tantas cenas simples, e mais e mais, e mais e mais, e eis que surge uma lembrança muito simples, que sabe-se lá porque existiu: um short de pijama. Sim, um short de pijama, de vaquinha, malhado como tal. Risos... e uma situação que passei com ele me vem. Situação engraçada... e claro, daquelas coisas que só acontecem uma vez. E não. Logo me vem uma segunda lembrança, engraçada também, com o mesmo short de vaquinha. Mas como? Era pra ser única. Afinal, é o tipo de loucura que se faz somente uma vez, tamanho é o absurdo daquilo. Mas não. Aconteceu duas vezes. Situações diferentes, dias diferentes, mas aquele short de vaquinha está presente e, mais uma vez, engraçado por estar ele presente em outra situação. Então eu sugiro: é, não adianta, por mais inesperado que aquilo possa ser, tudo se repete. Coisas que fizemos e que juramos nunca mais fazer, se repetem. E isso acontece porque Deus, de certa forma, afirma que somos humanos, frágeis, vulneráveis. E logo vem outras milhões de respostas, de ensinamentos que de certa forma precisamos criar nas nossas cabeças para termos uma verdade a seguir. E várias dessas surgiram pra mim, tão rápido que nem me lembro de todas. Mas cheguei a uma. Na verdade, escolhi uma, dentre tantas, para tomar como minha. A minha verdade. E que pode ser que nem seja, mas eu escolhi. Foi a que mais me fez escutar umas batidas no peito. Batidas que soaram como música. Música que me acompanha, que não sai mais de mim. E é nessa música que vou acreditar. E o próximo ano vai entrar, e é essa música que eu vou escutar. E pode ser que essa música venha a mudar. O mundo gira, a vida acontece e andamos nela. E outros momentos hão de se repetir. Espero que esse encontro se repita.