segunda-feira, 18 de outubro de 2010

É só querer

Vou começar de uma forma bem breve e direta: o que será que levamos dessa vida? Me pego pensando nisso quando olho pra dentro da minha casa, dentro da minha vida. Chegando do trabalho, uma solidão como se morasse só. Seu fiél companheiro é o melhor amigo do homem. E como que, mesmo sem palavras, consegue lhe dizer tanta coisa. No ar um eterno cheiro de indiferença e, a cada dia que passa, mais eterno de torna. Enfim, o retrato de uma família aparentemente normal, você diria. Com apenas um adendo: não somos uma família. Dois irmão novos e já calejados da vida, e mesmo assim não entendem o significado e a graça de serem irmãos. E quem diria... o tal amigo do homem, eu te digo, é talvez a única interseção. Como coadjuvantes dessa história, um pai que, de longe, cuida e... coitado, só se preocupa; uma mãe, que de mais longe ainda, mas tão longe que chega a doer, essa só pode olhar pelos dois. Mas afinal, o que será, e continuo a questionar, mas que diabos levamos dessa merda de vida? Porque será que é tão difícil, mesmo com o fraterno, vindo a maldita chuva de inverno, o frio gélido, corações doloridos, sentimentos reprimidos... porque será que é tão difícil finalmente uma vida em paz? Eu lhes digo que a felicidade plena não existe. Temos que querer conquistá-la a cada dia. Temos que querer. E se me permitem arriscar, acho que é isso que falta entre os dois. Querer. Querer bem, querer sem. Quero acreditar que, um dia, mesmo que um dia, ele realmente a queira bem.

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