terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Como ser mãe


E quando você dá tudo de si pra criar, cuidar de um filho, e não dá certo? E quando você escolhe ser mãe, se sente o ser mais sagrado do mundo por isso... por ter usufruído desse dom, e você falha? Essa é a questão... até que ponto que somos responsáveis sobre o que nossos filhos se tornam ou o que acontece com eles?
Um belo dia eu acordei e me deu uma vontade de ter um filho! Eu o quis muito, com toda minha força, todo meu amor. Só que eu não sabia que só isso não bastava...
Eu tive esse filho. Lindo! O nome dele era Zeca. Junto com esse filho veio um monte de coisas boas. Uma companhia muito divertida, carinho que eu queria e precisava... com ele eu me sentia importante pra alguém, me sentia amada, adorava dar amor a ele... de certa forma me sentia útil nessa vida... essas coisas que nosso instinto e até nosso ego de mulher precisam. Só que com o tempo a relação começou a ser menos “cor de rosa”. As despesas começaram a pesar... ele começou a aprontar muito, só me dava prejuízo! Cada vez menos eu tinha tempo para mim... as responsabilidades e exigências começaram a pesar... e eu percebi que por mais que eu me esforçasse, eu não conseguia ser uma mãe de verdade pra ele. Muitas vezes cheguei até a me arrepender de tê-lo tido.
Ele morreu perto de fazer 2 anos de idade. Na creche onde ficava enquanto eu... vivia... e a dor do amor foi o que me restou.
Eu fico pensando... será que a culpa foi minha? Será que nós, mães, somos completamente responsáveis por nossos filhos? Infelizmente, não nasci com manual de como ser a mãe perfeita. Sei que não fui. Mas, o que é ser a mãe perfeita? O que eu devia ter feito e não fiz? Eu li todos os manuais, segui todas as instruções...
Podem me condenar. Eu aguento porque sou mãe.

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