quarta-feira, 11 de abril de 2012

Perco um pedaço do meu coração, da minha alma. Eu choro choro choro grito choro mais e mais desespero mas essa dor que não passa... E quanto mais eu lembro e vejo mais eu sinto que uma parte de mim morreu também. Só consigo sentir nesse momento medo da vida. Medo de atravessar a rua, do espirro do homem ao lado, medo de correr atrás do meu sonho, trabalhar e estudar pra tudo acabar de repente. Medo de ter filhos. Sim. Medo de tê-los e não poder controlar o que vai acontecer com eles. Medo de continuar vivendo pra sofrer mais. Cansada. Não, exausta. Exausta de sentir, de pensar. Confusa. Extremamente confusa. Confusa não, perdida. Porque existe aquele lugar onde acreditamos e pensamos que tudo acontece por algum motivo, que as perdas são para um bem maior, mas esse lugar já ficou lá atrás pra mim. Faz tempo. A minha estrada já está muito cumprida, chega uma hora que essas palavras bonitas não fazem nem mais cosquinha no meu coração dolorido. E uma completa ausência de sentido toma conta de mim. Hoje posso dizer que estou vivendo. Mas não gostaria de viver. Pelo menos não viver essa vida onde não somos nós que a vivemos, mas ela é que passa pela gente. Ela é que decide quem passa, quem vai e quem fica, ela que te controla. E só me sinto impotente diante dela. E a famosa pergunta, mas nesse momento nem um pouco clichê, vem pra mim: "mas, qual o sentido?". O sentido mais escolhido hoje em dia é ganhar dinheiro, pra gastar dinheiro. Esse eu tô fora. Definitivamente. Ok, contruir um mundo melhor? Nem eu nem meus filhos, e provavelmente nem minha quinta geração vai viver esse mundo melhor, por mais que eu me esforce. Plantar uma árvore? Pra que se nem vamos chegar a ver ela crescer.  Ter um filho? Ele não é seu. Escrever um livro? Ele vira pó. Tá bom, quem sabe se tornar alguém tão importante que entre na história? Será? O tempo acaba com qualquer história. Talvez muito menos que isso. Pelo menos alegrar, quem sabe orgulhar aqueles que valem a pena, e que podem te ver, onde quer que estejam. É, acho que pra isso vale a pena viver. Nossos laços são eternos lorão, não adianta. Escolhemos assim. E com você e pra você que vou continuar vivendo. Você não foi embora. Você nunca me deixaria.

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